O uso de penas como ferramenta para determinação não destrutiva de níveis de mercúrio

Apresentado originalmente no: I Workshop da Associação de Pesquisadores Polares em Início de Carreira (APECS Brasil): Perspectivas e Oportunidades. Rio de Janeirio, 14 e 15 de outubro de 2010.

 Adriana Rodrigues de Lira Pessoa1, 4, Erli Schneider Costa2, 3, Maria Alice dos Santos Alves³, João Paulo Machado Torres4 & Olaf Malm4

¹ Curso de Ciências Biológicas - Zoologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Av. Carlos Chagas Filho, 373. Sala A1-050 Bloco A, Edifico do Centro de ciências da Saúde (CCS). CEP 21941-902, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia, UFRJ. Caixa Postal: 68.020, CEP 21941-540, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.           ³ Laboratório de Ecologia de Aves, Departamento de Ecologia, Instituto de Biologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã, CEP 20550-011, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. .4 Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca. Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Centro de Ciências da Saúde, UFRJ, CEP: 21949-900, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. adriana.rdlp@yahoo.com.br, erli_costa@yahoo.com.br, masaal@globo.com, jptorres@biof.ufrj.br, olaf@biof.ufrj.br

Skuas são aves marinhas do topo da cadeia alimentar e são suscetíveis a acumulação de metais pesados como o mercúrio (Hg). Ultimamente  o uso de penas tem sido utilizado mais frequentemente para análises não destrutivas.  As penas são consideradas excelentes ferramentas para a determinação de contaminantes, pois produzem resultados confiáveis, são de fácil coleta e não envolvem o sacrifício dos animais, podendo ser usadas até mesmo em espécies ameaçadas. O presente estudo tem como objetivo comparar níveis de Hg em penas retiradas de diferentes partes do corpo de duas Skuas-polares-do-sul (Catharacta maccormicki) encontradas mortas na Ilha Rei George (Ponta Hennequin e Península Keller). Para as análises foram retiradas penas do peito, abdômen, costas, cabeça/pescoço, asa e cauda das aves. Todas as análises para determinação dos níveis de Hg foram realizadas no Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca (UFRJ) utilizando  metodologia para digestão e análise de níveis de Hg em cabelos humanos (Bastos 1997) adaptadauma metodologia adaptada para degestuda peito, abdopartes do corpo de de duas Skuas-polares-do-sul (Catharacta maccormicki) para penas. Para as análises estatísticas agrupamos as penas similares em dois grupos (penas de contorno: peito, abdômen, costas e cabeça/pescoço – e penas de vôo: cauda e asa). Os primeiros resultados demonstraram diferenças significantes entre os níveis de Hg das penas de contorno e de vôo (Mann Whitney, U´ = 54; p<0.05). Estes resultados preliminares indicam que fatores como migração e sequência da muda devem ser levados em consideração na escolha da pena a ser utilizada.  É indispensável que seja observado o tipo de pena utilizado para a análise em diferentes trabalhos na hora de comparar diferentes resultados. (Apoio: CNPq, PROANTAR e MCT (CNPq/PROANTAR 550040/2007-2 e CNPq/MCT 557049/2009-1). ESC recebeu bolsa de doutorado do CNPq (141474/2008-4), MASA auxílio do CNPq (3027185/03-6), ARLP  bolsa de IC do CNPq (105899/2010-0). JPMT bolsa produtividade e pesquisa CNPq (306003/2008-2).